O prefeito de São Pedro, Helinho Zanatta (PSD), conquistou esta semana recursos na ordem de R$ 1,2 milhão para a manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A verba foi liberada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em evento realizado na última segunda-feira (24), no Palácio dos Bandeirantes. No ato, o ministro também assinou a habilitação da unidade de saúde.
Durante a cerimônia, o ministro informou que 45 UPAs e outras 40 Santas Casas e entidades filantrópicas do país serão beneficiadas com um pacote orçado em R$ 98 milhões de repasses federais. Para São Pedro, o governo vai destinar R$ 100 mil por mês, recurso que já deve ser pago neste mês de outubro.
“A saúde de São Pedro tem melhorado a cada dia. A UPA atende, em média, 200 pessoas por dia. Isso mostra a sua importância e a responsabilidade que temos em manter um serviço de qualidade. Fomos até o ministro em Brasília, conseguimos incluir São Pedro neste pacote de recursos, e nossa luta continua”, destacou Helinho Zanatta.
Após a habilitação, o prefeito garante que agora vai buscar a qualificação da UPA. “São momentos distintos. Se você tem a habilitação e a qualificação, que já estamos com processo em andamento, as chances de conseguir um custeio maior são enormes”, lembrou.
De acordo com o ministro da Saúde, os recursos vão atender serviços de saúde realizados pelo SUS e que não contavam com a contrapartida do governo federal. Os repasses foram anunciados há um mês pelo ministro e o presidente Michel Temer (PMDB).
País tem mais de 500 UPAs fechadas
O Ministério da Saúde confirmou no mês passado que mais de 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão inacabadas ou sem funcionar no Brasil. Muitas delas, com toda infraestrutura pronta, não têm recursos das prefeituras locais para fornecerem atendimento à população. O abandono das UPAs também foi tema de reportagem do “Bom Dia Brasil”, da TV Globo. (leia mais aqui)
São Pedro, porém, caminha na contramão dessa crise na área da saúde. Equipada recentemente, o prédio da UPA tem ajudado a desafogar a Santa Casa do município.
No Brasil 188 UPAs estão prontas, mas não funcionam. Outras 324 estão em fase de construção, mas com futuro indefinido diante da crise financeira que afeta os cofres públicos.
O Ministério da Saúde também teria admitido que o governo federal autorizou um número maior de construções do que havia sido previsto inicialmente. Quando o programa foi idealizado, a meta era construir 500 UPAs, mas a pressão política fez com que a União autorizasse a construção de mais de 1.000 unidades.
