A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, lançou no último sábado (18), na subsede de Piracicaba, a campanha salarial e educacional para o ano de 2017.
O evento contou com a presença do vice-presidente da entidade, Fábio de Moraes, do secretário-geral, Leandro de Oliveira, das diretoras Roberta Lima, Zenaide Honório e Suely de Oliveira, além de diretores, conselheiros e professores da região de Campinas e Piracicaba.
A categoria pede um reajuste real de 22,7%, que se refere às perdas salariais desde 2014. Também lutam contra a eliminação de cargos nas escolas, a superlotação de salas de aula e a violência contra os professores.
“Depois de nossa paralisação dia 15, o governador já autorizou a formação de uma comissão para regulamentar a meta 17, que equipara nosso rendimento à média dos demais profissionais com escolaridade equivalente. Já é uma conquista, mas queremos também a reposição das perdas desde 2014”, afirmou Bebel.
Reforma da Previdência
Outro ponto abordado foi a reforma da Previdência que, segundo ela, fere os direitos dos trabalhadores.
“Somos contra essa reforma, pois temos ao nosso lado argumentos fortes e concretos de que esta reforma atinge diretamente todos os trabalhadores, em especial a classe dos professores, já que para se aposentar com o valor integral aos 65 anos a pessoa deverá começar a contribuir aos 16 anos de idade para somar os 49 anos de contribuição” ressaltou.
Segundo a presidenta da Apeoesp, outros fatores tornam impossível a aceitação da reforma da Previdência, como o fim das aposentadorias especiais para professores e também o fato de que o projeto iguala homens e mulheres.
“O atual governo ao invés de mexer em uma conquista do trabalhador deveria gerar mais emprego, pois a cada dia que menos pessoas contribuem, mais teremos vulnerabilidade na Previdência.”
Um novo ensino médio
Por fim, a reforma do ensino médio também foi tema de debate. A presidenta Bebel disse que a proposta apresentada (Medida Provisória 746), não resolve os problemas existentes e é simplesmente uma ação do governo para diminuir os investimentos em educação.
“O ensino médio precisa de mudança, mas não essa que está sendo proposta, que serve apenas para resolver um problema estrutural criado por falta de professores. O problema do ensino médio não é reduzir disciplinas, mas sim a falta de investimento. A escola precisa ser atraente para os jovens”, frisou.