A Câmara de Vereadores de Águas de São Pedro rejeitou o pedido de abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) que pretendia investigar supostas irregularidades na contratação de uma empresa que realizou o Carnaval na estância este ano.
Em sessão tensa na noite de ontem (27), a matéria precisava ser aprovada por maioria simples para que uma comissão de vereadores pudesse apurar os fatos. Dos nove vereadores que compõem o Legislativo aguapedrense, cinco deles votaram pelo não prosseguimento do processo.
Anderson Cardoso Teixeira (PR), Maria de Fátima Scaranelo (PSDB), Rubens Antunes (PSDB), Valdir Gibim (PRB) e Valter da Jaws (PPS) deram os votos necessários para que a CEI fosse arquivada.
No início do mês, a Associação de Amigos e Moradores de Águas de São Pedro (Amaas) fez um pedido à Câmara para que investigasse a contratação da empresa responsável pelos festejos carnavalescos.
A Amaas alegava que as empresas participantes do certame já sabiam o limite orçamentário do evento, supostamente com um teto de R$ 79.884,00. Realizada por carta convite, duas das três empresas que participaram da licitação apresentaram valores acima do limite e teriam sido desclassificadas.
O pedido foi aceito pelo presidente do Legislativo, Nelinho Noronha, que levou a proposta à votação na sessão de ontem. Vencida esta etapa, a Amaas deve entrar com um pedido junto ao Ministério Público para que o processo licitatório do Carnaval seja investigado.
Executivo abriu investigação ‘própria’
Paralelo ao pedido de abertura da CEI, o prefeito Paulinho Barboza (PSDB) instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos, que deverá ser composta por servidores municipais.
Afirmou, em nota da assessoria de imprensa, que prima pela “transparência” e que daria todo respaldo necessário para que as investigações tivessem bom andamento.