A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, participou nesta terça-feira (28) de uma reunião com Matheus Erler (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba.
Em pauta estava a reforma da previdência e os atos contrários a ela, já que tanto a Apeoesp quanto o presidente da Câmara compartilham da ideia que a reforma proposta pelo atual governo é prejudicial à classe trabalhadora.
Matheus Erler informou que várias ações estão sendo executadas pelo Legislativo que demostram o descontentamento da população piracicabana e de seus representantes políticos.
“Esta proposta é o maior ataque aos direitos sociais emanados da Constituição de 1988 e causará um verdadeiro desmonte na Previdência Social, pois torna inviável a concessão da maioria dos benefícios previdenciários. Não podemos aceitar de braços cruzados, sem nos movimentarmos” disse Erler.
Bebel sugeriu ao presidente que fosse feita uma audiência pública para promover o debate com a população.
“É necessário que haja uma mobilização muito expressiva contra esta reforma que estão nos impondo. É uma violência contra o trabalhador e seus direitos adquiridos de forma legítima. Essa violência passa também pela classe dos professores, com a retirada de vários benefícios. Por isso temos que ser solidários, fazer o bom combate e defender a bandeira do trabalhador”, disse Bebel.
Erler disse que vai avaliar o pedido de audiência pública e propor aos seus pares na Casa Legislativa. A reunião contou também com a participação do vereador piracicabano Paulo Campos (PSD) e do presidente da Câmara de Vereadores de Águas de São Pedro, Nelinho Noronha (PT). (Com informações da P2 Publicidade)
Quais as mudanças propostas pela reforma?
Entre as principais modificações da Reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer (PMDB) está a idade mínima de 65 anos tanto para homem quanto para mulher, com o mínimo de 25 anos de contribuição.
Hoje, o país adota a base de cálculo 85/95. Mulheres precisam somar, entre idade e tempo de trabalho, 85 ‘pontos’. Já os homens precisam somar 95 entre anos de trabalho mais a idade.
Se o novo texto for aprovado, o trabalhador recebe 76% do valor da aposentadoria de acordo com os últimos salários, o que corresponde a 51% da média dos salários de contribuição mais 1% dessa média para cada ano de contribuição, ou seja, 51 + 25.
Cada ano a mais de contribuição dá o direito a um ponto percentual. Assim, para receber 100% do valor da aposentadoria, é preciso contribuir 49 anos de acordo com a proposta enviada ao Congresso.