Da saúde para o mini-horto: vereadora alega perseguição política em Águas

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Com vasta experiência na área da saúde, Edilene foi remanejada para Secretaria de Serviços Urbanos;
Com vasta experiência na área da saúde, Edilene foi remanejada para Secretaria de Serviços Urbanos;

Servidora concursada da educação e cedida à saúde de Águas de São Pedro há quase dez anos, Edilene Alarcon tem passado dias difíceis depois que assumiu uma vaga na Câmara de Vereadores. Ao FATO POLÍTICO, ela alegou que está sendo vítima de perseguição política por fazer parte do grupo de oposição ao prefeito Paulo Barboza (PSDB).

Eleita vereadora em outubro passado, Edilene teve em sua base de campanha a atuação contundente no postinho de saúde da estância. Desde que assumiu o cargo eletivo, não deixou dúvidas sobre sua posição política e passou a integrar um grupo liderado pelo ex-prefeito Marcelo Pato (PSD) e o atual presidente da Câmara, Nelinho Noronha (PT).

Nesta terça-feira (11), após retornar de um período de férias, ela foi informada pelo departamento de Recursos Humanos da Prefeitura de Águas de São Pedro que havia sido remanejada para a Secretaria de Serviços Urbanos.

“É óbvio que se trata de perseguição política. Me colocaram para trabalhar em um local abandonado, onde se quer tenho estrutura para desenvolver qualquer tipo de trabalho. Muita coisa mudou desde que assumi como vereadora e passei a divergir de algumas ações do Executivo”, afirmou Edilene.

Trabalho no mini-horto

Condições precárias e abandono: retrato do local de trabalho no mini-horto;
Condições precárias e abandono: retrato do local de trabalho no mini-horto;

Ao chegar na Secretaria de Serviços Urbanos, local para onde foi remanejada, Edilene foi informada de que iria trabalhar no Mini-Horto no cargo em que passou no concurso: serviços gerais.

“Não tem ninguém trabalhando lá, estou completamente abandonada. Não quiseram explorar meu conhecimento na área da saúde, muito menos me ofereceram um trabalho que não fosse de direção ou chefia. Não desmereço ou recuso qualquer trabalho, mas está claro que não querem que eu fique na saúde por razões políticas”, disse.

Edilene disse que registraria um boletim de ocorrência na delegacia da cidade, e prometeu não se calar diante da situação. “Se preferem abrir mão do meu conhecimento na área da saúde, ou não querem aproveitar meu potencial, tudo bem. Mas não vou me calar, tenho um povo para representar e é na Câmara que vou fazer isso.”

Prefeitura não se posiciona oficialmente

A reportagem do FATO POLÍTICO tentou contato com o prefeito Paulo Barboza. Um e-mail com perguntas foi repassado para a assessoria de imprensa na tarde da última terça-feira, mas até às 16h40 desta quarta-feira não obtivemos resposta.

A assessoria de imprensa informou, mais cedo, que a administração não vai se posicionar sobre o caso.

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