O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou nesta segunda (6) lei que libera o uso de celulares para fins pedagógicos nas escolas estaduais. A medida altera legislação de 2007 que proibia o uso do aparelho nos colégios em qualquer circunstância.
A proposta foi elaborada pela Secretaria de Estado da Educação em agosto do ano passado e aprovada pela Assembleia Legislativa em outubro deste ano.
O secretário da pasta, José Renato Nalini, afirmou que a medida vai facilitar o uso da tecnologia dentro das salas de aula. “É importante porque vai nos ajudar a formar a geração que está nas escolas para o futuro, para profissões do mundo da informática.”
O uso do celular, disse ele, vai permitir que os estudantes tenham acesso a diversas bibliotecas e obras literárias que estão em domínio público na internet. Segundo Nalini, o professor vai controlar e definir em que circunstâncias o celular será utilizado na classe.
O objetivo é criar mais uma ferramenta para docentes e alunos. “O professor pode usar o celular para incentivar os jovens a pesquisar algo na internet ou mesmo aumentar a atenção deles no que está sendo ensinado na sala de aula.”
Ele afirmou que as escolas já contam com o desenvolvimento de aplicativos por professores e alunos e que existem projetos na rede para garantir o acesso dos alunos, principalmente em áreas carentes, a tablets na escola.
Acesso à internet
Segundo Nalini, o acesso à banda larga em todas as escolas estaduais será garantido pelas companhias de telefonia. “Existe desde 2006 uma lei que obriga as concessionárias a fornecerem às escolas a internet mais rápida que é oferecida comercialmente na região onde elas estão instaladas.”
De acordo com ele, o governo paulista nunca havia cobrado esta contrapartida, mas passará a exigi-la a partir de agora. As empresas poderão ser obrigadas a atualizar o pacote de dados oferecido aos colégios na medida em que passarem a oferecer um novo produto comercial no bairro.
O secretário afirma que os sistemas de wi-fi e banda larga das concessionárias devem ser oferecidos a 500 novas unidades por mês a partir de janeiro. Com isso, em outubro, os serviços chegariam a todas as 5.000 escolas da rede estadual. As unidades que participam do Escola da Família também poderão usar a conexão.
Fonte: Folha de S. Paulo