O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Pedro (Saaesp) teve um crescimento vertiginoso no volume de investimento em 2017. Dados da autarquia revelam que de janeiro a outubro deste ano o Saaesp investiu em captação e tratamento de água e saneamento básico o montante de R$ 6,7 milhões, a passo que no mesmo período de 2016 os investimentos ficaram na casa dos R$ 5,6 milhões – crescimento de R$ 1,1 milhão. Os valores também levam em conta a contrapartida do município para convênios em importantes obras como a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). (leia mais abaixo)
A receita bruta do Saaesp também aumentou: entre janeiro e outubro do ano passado foram arrecadados R$ 6,6 milhões em detrimento dos R$ 7,5 milhões que entraram nos cofres da autarquia no mesmo período de 2017. A receita para inflar os cofres do Saaesp, segundo o presidente Thiago Silva, inclui a utilização da tecnologia e a troca de redes e tubulações que há décadas careciam de manutenção.
“Vale ressaltar que não houve aumento no número de funcionários do Saaesp, que permanece o mesmo. Ações pontuais como a diminuição do desperdício de água, troca de hidrômetros e a redução da inadimplência possibilitaram que o Saaesp tivesse um investimento maior este ano. A meta é continuar investindo e otimizando os serviços prestados”, projetou Thiago Silva.
Somente nos dez primeiros meses de 2017, o Saaesp promoveu a troca de 1.974 hidrômetros na cidade. A autarquia também efetuou 423 novas ligações de água e solucionou 1.782 ocorrências por vazamento no sistema de distribuição de água. “Como temos uma capacidade maior de atender as ocorrências, também conseguimos diminuir os impactos negativos destes problemas”, completou o presidente, que se reuniu com sua equipe na semana passada para apresentar os dados da autarquia.
Este ano, o Saaesp também priorizou a reforma de reservatórios de água tratada, a construção e reforma de alambrados e poços, renegociou contratos de energia elétrica com a CPFL, adquiriu um veículo HR e trocou as bombas de captação e recalque em pontos considerados críticos. “Isso representa, no mínimo, uma economia de 18 mil por mês”, ressaltou Thiago Silva.
A extensão em 650 metros da rede de esgoto do bairro Colinas é outra ação de destaque do Saaesp. Os bairros Jardim São Dimas e o Recanto também foram interligados com uma nova adutora de esgoto de 200 milímetros. Já a captação do ribeirão Macuco, um dos principais pontos de fornecimento de água para a estância, foi totalmente reformada e recebeu novas tubulações.
‘Caixa forte’ permite contrapartida em obras importantes
Com um poderio de investimento fortalecido, o Saaesp também pôde direcionar recursos para contrapartida em obras cruciais para o fornecimento de água e saneamento básico da estância.
Muitos convênios assinados entre a autarquia e o Fehidro, por exemplo, só foram possíveis pelo fato de o município dispor de dinheiro em caixa para viabilizar o projeto. Somente na construção de estação elevatória de esgoto do Santa Mônica, o Saaesp precisou desembolsar R$ 681 mil. Já para a segunda etapa da ETE Samambaia foram disponibilizados R$ 390 mil. “Se não tiver dinheiro, você não consegue executar o projeto”, disse Thiago Silva.
ETE Samambaia começa a funcionar em 2018
Com capacidade para atender aproximadamente 40 mil habitantes, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Samambaia deve começar a funcionar nos primeiros meses de 2018. A obra está em estágio avançado e agora só depende da finalização do paisagismo e da parte elétrica.
“Está em fase final. Toda a parte estrutural está pronta. Talvez consigamos fazer os primeiros testes em dezembro, mas certamente a estação começa a funcionar no primeiro semestre do ano que vem”, lembrou Thiago Silva.
O Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), órgão ligado à Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, havia disponibilizado R$ 10,5 milhões para o município, mas a empresa vencedora da licitação – a Penascal Engenharia e Construção – apresentou orçamento no valor de R$ 8,9 milhões para realizar a obra.
O Saaesp
O SAAESP possui uma estrutura operacional composta por três Estações de Tratamento de Água (ETA), uma Estação de Bombeamento (EB), seis Unidades de Captação (UC) e dez poços artesianos
São Pedro possui hoje cerca de 32 mil habitantes, sendo que 95% da população reside em área urbana cujo atendimento se dá pelo Saaesp. Os outros 5% (área rural) possuem poços-artesianos ou semi-artesianos próprios ou comunitários para manter o abastecimento de água.