Vereadores rejeitam denúncia contra prefeito de Águas

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Comissão Processante, arquivada pela Câmara, investigada se o município superfaturou preço de cestas básicas;

Por 5 votos a 4, a Câmara de Vereadores de Águas de São Pedro manteve o prefeito Paulo Barboza (PSDB) à frente do Executivo. Na noite desta quarta-feira (11), os parlamentares rejeitaram o parecer final da Comissão Processante (CP) que apurava supostas irregularidades na compra de cestas básicas para o funcionalismo público.

Para afastar o prefeito eram necessários dois terços de votos favoráveis ao relatório, o que não aconteceu. Mesmo com a presença de dois suplentes (Jursinei Aparecido Gouveia e Adeilton de Lima substituíram os vereadores Rubinho Antunes e Meri na votação), a Câmara decidiu por absolver o prefeito das denúncias.

Dias antes, o presidente da Câmara havia declarado que os vereadores Rubens Antunes e Meri, ambos do PSDB, estariam impedidos de votar. Meri porque é funcionária pública e recebe a cesta básica, e Rubinho por ser irmão de funcionário do Executivo que participa dos processos licitatórios.

Votaram a favor do relatório (pela cassação do prefeito): Célio Nascimento, Edilene Alarcon, Marcelo Pato e Nelinho. Votaram contra: Adeilton de Lima, Anderson Cardoso, Jursinei Gouveia, Valdir Gibim e Valter da Jaws.

O processo aponta que atualmente a prefeitura paga R$ 162 por cesta básica. A Associação dos Amigos e Moradores de Águas de São Pedro (Amaas), autora da denúncia, teria feito uma cotação com os mesmos produtos da cesta cedida pelo Executivo ao preço de R$ 80,50.

A prefeitura negou, à época da instauração do processo, que exista superfaturamento e também afirma que a cotação feita pela associação não condiz com os mesmos produtos que são entregues aos funcionários.

A defesa sustenta que não estariam incluídos na cotação feita pela Amaas alguns produtos, entre eles: um pacote de macarrão parafuso, uma caixa de sabão em pó e duas caixas de papelão reforçadas no lugar dos sacos plásticos. Afirma, ainda, que a cesta cotada pela associação só tem uma lata de sardinha, enquanto o município entrega três unidades. Não estaria incluso também na cotação da Amaas, segundo a defesa, os custos com transporte, mão de obra e logística.

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