As linhas de telefone corporativas dos nove vereadores de Águas de São Pedro estão mudas há cinco meses. O contrato do Legislativo, que venceu em 12 de maio deste ano com a Vivo, não foi renovado. O presidente da Câmara, Nelinho Noronha (PT), alegou que teve dificuldades para receber orçamentos e realizar uma nova concorrência pública.
O FATO POLÍTICO apurou que atualmente a Câmara dispõe de 12 linhas de telefone celular. Nove para os parlamentares e outras três que dão apoio a funcionários do Legislativo. O contrato inicial com a empresa telefônica venceu no dia 12 de fevereiro deste ano, mas foi renovado por mais 90 dias. Ao término deste novo prazo, o presidente decidiu por não alongar o vínculo.
O vereador Valter Ferreira (PPS) disse que a linha telefônica era muito usada para falar com o seu eleitorado no dia a dia, e que após a interrupção dos serviços muita gente o procurou para saber o que havia acontecido.
“Já existe dotação orçamentária para todos fazerem o uso do celular. Não foi falado para nós que a linha seria desativada. É um número pelo qual mantemos contato com o povo, uma ferramenta de trabalho importante do Legislativo”, argumentou.
O antigo contrato com a Vivo estipulava gasto de R$ 3.521,60 por mês, sendo R$ 3.006,80 de aparelhos celulares (ligações) e R$ 514,80 com modens.
Apesar de não terem mais o telefone celular para o uso público, os parlamentares água-pedrenses ainda dispõem do telefone fixo oferecido pela Câmara.
“Realmente faz muita falta para os vereadores exercerem seu trabalho. Estou usando o whatsapp nessa linha apenas. Estamos na expectativa que o serviço possa voltar com um novo contrato firmado”, disse Marcelo Pato (PSD).
Contrato previa renovação de 12 meses
Apesar de o presidente da Câmara ter decidido não estender o vínculo, o contrato com a Vivo previa dilação por mais 12 meses nos mesmos moldes da antiga proposta. Caso isso ocorresse, os vereadores manteriam suas linhas ativas até fevereiro de 2019.
Por telefone particular, Nelinho Noronha disse que não pretende reativar as linhas telefônicas por se tratar de “prerrogativa da Presidência”. “Eu já acho que os vereadores ganham bem demais. Está no fim do meu mandato de presidente, e não pretendo rever isso agora”, disse.
O presidente da Câmara também reafirmou que teve problemas com os processos envolvendo a abertura de uma nova concorrência já que, segundo ele, o plano oferecido pela empresa Vivo de ligações ilimitadas “já não era bom”.