Por Daniella Oliveira
Com carreira política iniciada aos 17 anos, o bacharel em Direito e vereador João Victor Barboza (Cidadania) deixou há poucos dias o comando da Secretaria de Saúde para se dedicar a pré-candidatura de prefeito em Águas de São Pedro. Em seu segundo mandato no Legislativo, ele afirma que o interesse pelo meio político começou ainda na infância.
“Meu interesse pela vida pública foi despertado ainda bem novo, com 12 anos de idade. Meus pais haviam adquirido um bar e mercearia em frente à Câmara Municipal. Comecei a frequentar as sessões espontaneamente e me interessei pelas discussões pautadas pelo interesse público”, disse, ao lembrar em aos 17 anos encontrou amparo jurídico e legal para se candidatar ao cargo de vereador pela primeira vez em 2008.
O pré-candidato conta que já deu início a discussão de um plano de governo para apresentar em breve à população. “Muitas propostas que já temos como referência serão incluídas, porém queremos também a opinião da população, queremos promover um projeto com os pés no chão, capacidade financeira e orçamentária para que os investimentos sejam bem utilizados”.
Com ajuste administrativo e orçamentário, visando diminuir custos, melhorar a performance pública e dar agilidade ao trabalho, João Victor acredita que, com medidas assertivas, é possível promover ajustes financeiros e buscar recursos junto de outras esferas de governo.
“Destaco importantes pontos que também serão incluídos como melhorias na zeladoria municipal, o investimento massivo no turismo e capacidade turística da estância, planejamento e busca por parcerias e convenções, investimentos para requalificação de pontos turísticos e a criação de um museu de Águas de São Pedro”.
Águas medicinais e ‘mandato coletivo’
A história da cidade, com foco nas águas medicinais, é algo que precisa será colocado em foco na sua gestão. “Águas cresceu pela ideia do visionário Dr. Octávio de Moura Andrade, e evoluiu com o passar dos anos. Porém seu caminho original não foi seguido por completo. Temos a melhor água do mundo em teores medicinais comparada às outras águas disponíveis com propriedades parecidas, e precisamos resgatar não somente essa verdade, mas também investir na divulgação massiva de suas propriedades medicinais, aplicação clara de planos de marketing e terminar de lapidar essa joia que possuímos”.
Questionado sobre os principais pedidos e reclamações dos moradores, o vereador falou da importância de não somente ouvir, mas construir espaços e ferramentas de escuta e participação por meios digitais e presenciais.
“Necessitamos elencar as prioridades e colocá-las em prática por meio de uma gestão eficaz, e somente através de uma boa ouvidoria e presença social conseguiremos. Entendo que alguns pontos devam ser urgentemente melhorados, como a zeladoria (limpeza, manutenções, podas de árvores, pinturas de guias, asfalto), enfim toda a estrutura de manutenção precisa ser ajustada e adequada a investimentos para que possamos trazer uma melhor estrutura aos nossos munícipes, turistas e veranistas”.
Sobre os desafios como possível chefe do Poder Executivo de Águas de São Pedro, João Vitor destaca a perda da essência, da história da estância.
“Nossa cidade cresceu em volta de um pequeno balneário, simples de estrutura de madeira, e apesar de toda sua simplicidade com o planejamento correto, apoio técnico adequado e estruturação financeira, nossa cidade que completará 80 anos em 2020 se tornou o que é hoje. Tudo devido às águas medicinais. Portanto entendo que o maior desafio será retomar a essência de nossa estância, pois creio eu que se não for feito nossa cidade poderá caminhar cada vez mais não somente para uma cidade sem propósito, mas com impactos turísticos que inviabilizam não só a natureza de criação da estância, mas toda uma cidade”.
Combate ao coronavírus
Ao lado do prefeito Paulo Barboza, o vereador falou sobre sua paixão por ajudar as pessoas e o enfrentamento da pandemia de coronavírus na liderança da Pasta da Saúde. “Essa pandemia pegou todos os administradores públicos de surpresa. Ninguém possuía informações reais sobre o potencial do vírus. No início as informações eram desencontradas, havia muita especulação e poucos dados científicos para controle e combate.”
Infelizmente, segundo ele, a pandemia ainda deve levar um tempo para ser sanada e a população terá que se adaptar à nova realidade, buscando juntos meios de sobreviver à crise mundial. Em Águas, com medidas rápidas e assertivas, acha que é possível controlar a disseminação. “Porém, a região cada dia apresenta mais focos e casos positivos da doença, algo que acredito que apesar de controlado em nossa estância possa nos afetar e fazer com que os casos aumentem”.
Sobre a retomada das atividades econômicas pós-pandemia, João Vitor sugere um planejamento efetivo. “Muitos comércios estarão fechados ou serão afetados drasticamente e o poder público, ao meu ver, tem que colocar todo seu engajamento estratégico para incentivo à reestruturação de nossa estância. Também devemos buscar até meios legais para que a prefeitura possa promover investimentos e apoio financeiro se necessário ao comércio local, visando a retomada econômica e turística, que é nossa principal fonte de renda”.