São Pedro: projeto que trata sobre caça e atiradores gera polêmica na estância

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Proposta deve ser votada na noite desta segunda pelos vereadores;

O Projeto de Lei 59/22, de autoria do vereador Du Sorocaba (PL), tem gerado polêmica na estância de São Pedro. A proposta, que deve entrar na pauta para segunda votação na noite desta segunda-feira (27) no Legislativo, tem dado o que falar entre parlamentares e populares.

A matéria, que já havia sido inclusive aprovada em primeira votação, visa instituir o dia 9 de julho como Dia dos Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC’s). Um dos pontos que causam divergência, no entanto, é que a mesma proposta fala em reconhecer a atividade como sendo de “risco à integridade física” para quem desenvolve a prática.

 No texto, o autor também fala em ser importante fazer este reconhecimento, “pois faz parte do cotidiano dos CAC’s a guarda e transporte de bens de alto valor e grande interesse de criminosos nas armas e munições e por não ter meios de defesa tornam-se presas fáceis a ataques durante sua rotina diária e particularmente vulneráveis quando entrando ou saindo de suas residências e locais de trabalho, deixando seu acervo totalmente exposto”, diz trecho da proposta.

Por telefone, o vereador Du Sorocaba também deu detalhes ao FATO POLÍTICO sobre a matéria. “Estão falando que vamos comemorar o dia da caça, ou facilitar isso aqui na cidade. Não é verdade. Outras cidades já aprovaram este projeto, que visa somente ter um dia específico para os CACs”, afirmou.

Para ele, há também um viés ideológico por trás do debate. “Todo mundo sabe que sou pró-armas e que todos que portam e tem uma arma passam por um processo rigoroso, seletivo. Fui procurado por um grupo do CAC aqui em São Pedro, pessoas que só têm o interesse em ter um dia como sendo o deles para se reunirem e comemorarem”, falou.

Du Sorocaba, que é policial militar, foi ainda mais longe. “Estão deturpando a verdadeira intenção do projeto. Nada altera com a aprovação ou rejeição dele. Só queremos que esta data seja reconhecida, como tantas outras do calendário.”

O vereador Branco, que foi co-autor da proposta, admitiu que há resistência pela aprovação do projeto. “Muita polêmica foi levantada. Pelo que estou sentindo, acho que não aprova. A maioria está contra. Até eu. Assinei o projeto para acompanhar, mas tenho dúvida sobre ele e devo decidir agora de tarde”, disse.

Elias Candeias também comentou sobre a proposta. “O que temos conversado com outros parlamentares é que o projeto ficou um pouco confuso. Reconhecer um dia como o Dia da Caça, ou algo similar, não teria nenhum problema. Agora falar em reconhecimento da atividade como sendo de risco, implica em outros assuntos mais delicados”, pontuou.

Já Luciano Mazzonetto, que é veterinário na cidade, adiantou seu voto contrário. “Num primeiro momento, não havia me atentado para esta questão do CAC. Como sendo um defensor da causa animal, jamais poderia ser a favor de um dia específico ou pela caça em si. Meu voto será contrário.”

Na primeira votação, haviam aprovado o projeto os vereadores: Ondina Daniel, Índio, Branco, Alessandra Pisco, Luciano Mazzonetto, Elias Candeias, Dudu, Luiz Melado, Cleuza Barros e Toninho da Sorveteria. Manifestou-se contra o projeto o parlamentar Eduardo Modesto e Adriano Vitor de Oliveira se absteve.

O texto completo da proposta pode ser acessado aqui: https://docs.google.com/viewer?url=https%3A//consulta.siscam.com.br/camarasaopedro/arquivo%3FId%3D25249

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