Com aproximadamente 2.000 participantes – entre eles 217 secretários de saúde e com 311 municípios representados – o 36º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, promovido pelo COSEMS/SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo) acontece em São Pedro, no Hotel Colina Verde, até sexta-feira, dia 17. Na abertura, no dia 15, participaram o titular da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, órgão do Ministério da Saúde, Nezio Fernandes Júnior; o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, o prefeito de São Pedro, Thiago Silva, o secretário de Saúde de São Pedro, Leandro Sanches, além do presidente do Conselho, Geraldo Reple Sobrinho e outras autoridades de saúde.
“Este é um evento muito importante para a saúde, com discussões que vão fazer a diferença para o SUS e para políticas de saúde pública. É uma honra receber este congresso em São Pedro. Nossa cidade possui toda infraestrutura e está sempre em busca de agregar tradição, turismo e desenvolvimento. São Pedro tem em suas raízes o impulsionamento para o progresso”, disse o prefeito Thiago Silva.
“Este evento organiza todo sistema de troca de informações tão importante. Com diálogo, com troca de experiências, vamos fazer isso no Estado de São Paulo”, disse o secretário estadual de Saúde.
Em sua fala na abertura no evento considerado um dos mais importantes da área de saúde pública do país, o secretário de Estado listou 3 desafios principais para a saúde no Estado: imunização, que está com níveis bem abaixo do ideal; saúde digital e regionalização da saúde, com repactuação dos municípios por região.
A troca de experiências também foi destacada por Fernandes Júnior, que no evento representou a ministra da Saúde, Nísia Lima. “Para qualquer gestor federal atento, estes eventos são um verdadeiro rito de escuta qualificada de experiências concretas no âmbito dos municípios,” disse. Para ele, é preciso avaliar a capacidade de escala das experiências e nacionalizar as decisões.
Vice-presidente do Conselho, Carmen Guariente destacou a importância do trabalho da mulher na saúde. “A maioria dos trabalhadores é do sexo feminino e este olhar faz diferença”. Para ela, defender o SUS é “uma responsabilidade com a população brasileira”.
O presidente do Conselho, Geraldo Reple Sobrinho, deu início à sua fala lembrando que as pessoas que trabalham na saúde são “sobreviventes” após a pandemia e valorizou o trabalho dos municípios, além da importância da capacitação. “Neste evento são 1.496 trabalhos inscritos, 20 expositores, 400 pessoas na retaguarda para que tudo aconteça”, disse. Para ele, o SUS é um terreno vivo da saúde que se modifica todos os dias e os gestores sentem-se provocados a uma reinvenção cotidiana.
O evento de abertura contou com apresentação da Orquestra de Violeiros Viva Viola, coordenada pela Prefeitura de São Pedro, que apresentou canções clássicas como Romaria, Chalana e As Andorinhas e o hino nacional brasileiro.
Caminhos para o SUS
Nesta edição o Congresso volta a ser realizado de forma presencial após dois anos em que as atividades ocorreram remotamente. O tema de 2023 é “35 anos do SUS: caminhos para equidade, universalidade e integralidade na conjuntura atual”.
O evento conta com debates, reflexões e encaminhamentos que envolvem a troca de experiências, diálogos e comunicação entre os municípios paulistas, com a participação de diretores, assessores e apoiadores do COSEMS/SP, membros do CONASEMS, do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, acadêmicos, instituições de ensino, pesquisadores, técnicos e militantes do SUS de todo o Brasil. Entre os temas debatidos estão atenção básica, especializada e saúde digital/telessaúde.